MAo Morta - Istambul Lyrics
Istambul, 2.45 da manh . O inintelig vel vozear da turba multicolorida do Grande Bazaar, na sua az fama mercantil, e o insistente zumbido provocado pela am lgama de apitos e motores dos ve culos a cruzarem a ponte Galata, deram lugar quietude. Da janela do quarto avista-se o porto e as milhentas luzes dos navios ancorados; a cidade mergulha em socalcos at ao B sforo, com os minaretes das mesquitas a riscarem o c u. Est um calor infernal, abafado. Uma ligeira aragem transporta uma long nqua can o rabe, que entra pelo quarto na sua hipn tica languidez... De repente, um grito!
Istambul, 2.45 da manh . O mar est a dormir, um bra o dependurado para fora do leito. Era o que ele, Mustaf , devia estar a fazer. Mas o maldito calor e a excita o em que se encontra impedem-no de adormecer. At ao momento, tudo correra bem - j tinham a loira que o Emir Alif Keita encomendara e, a julgar pela amostra, ele ia ficar satisfeito. No entanto, n o conseguia deixar de se preocupar com o dia seguinte, com a longa jornada de Istambul at ao Emirato - mais uma vez, p s-se a rever mentalmente o percurso, sobretudo as partes mais complicadas como a passagem para o Ir o ou a tomada do barco em Linga. Mas, com a ajuda de Al , havia de correr tudo bem. Reconfortado por este pensamento, Mustaf come a a ceder ao cansa o, os olhos a fecharem, a cabe a a pender... De repente, um grito!
Istambul, 2.45 da manh . N o entendia como pudera acompanhar t o facilmente os dois turcos que conhecera no jardim da universidade. verdade que se sentia particularmente excitada, depois de uma manh de compras com todas aquelas m os que aproveitavam para a afagar enquanto a ajudavam a provar uma pe a de roupa ou um artefacto de joalheria, mas isso n o explicava a leviandade com que os seguira. Tinha sido bom, certo, mas devia ter-se precavido, avisado algu m - qualquer coisa menos ter ido como fora. Agora, aprisionada, sem saber o que querem dela ou o que lhe poder acontecer, n o h ningu m para dar pela sua falta.
Mesmo que do hotel participem o seu desaparecimento, n o deixou qualquer pista que permita encontr -la. Est entregue a si pr pria. E o raio das cordas que est o t o bem apertadas... De repente, um grito! O seu grito.